Pró-nome reflexivo
Por vezes é se reduzir ao máximo,
Encolher-se, retomar-se, pôr-se em posição fetal.
Por vezes é abraçar as próprias pernas,
contrair
cada
articulação
do
corpo,
dobrar-se,
conter-se!
Por vezes, é – inteiriço –
devorar-se, engolir-se, digerir-se.
Por vezes é não derramar gota de lágrima,
chorar-se simplesmente, em mudez perplexa.
Por vezes é não pronunciar palavra,
.
.
.
calar-se, silenciar-se.
Por vezes, não havendo palavra, é se permitir não ser,
inexistir-se, desfazer-se.
Por vezes é acarinhar o tempo e deixar que passe:
Doer-se, doer-se, doer-se.
Para Bruna Falcão, quem me socorre nas análises afetivo-sintáticas.
5 Comments:
Beto, continuo encantada com tua maneira de gritar-falar-calar-refletir sentimentos, liberdade, cotidiano.
Quando visito o blog abrando a saudade, pois te vejo (e me vejo) por aqui, dentre tuas palavras.
Beto, continuo encantada com tua maneira de gritar-falar-calar-refletir sentimentos, liberdade, cotidiano.
Quando visito o blog abrando a saudade, pois te vejo (e me vejo) por aqui, dentre tuas palavras.
beijo.
Sutil!
Sutil sim, mas doído. Doce-amargo. Corajoso e melancólico. Parabéns.
Sim, provavelmente por isso e
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